terça-feira, 10 de novembro de 2015

Culto do Lotus Negro


"Assim Lúcifer - o espírito da Iluminação Intelectual e da Liberdade do Pensamento - é metaforicamente o farol guia que ajuda o homem a encontrar seu caminho através das rochas e bancos de areia da Vida, já que Lúcifer é o Logos em sua plenitude." Helena Blavatsky, HP - A Doutrina Secreta, v. II, p. 162







O Culto do Lotus Negro é um tipo de prática cúltica mágico-religiosa cujas raízes espirituais remontam aos magos illuminati de linhagem francesa.  O culto é uma forma de nigromancia, do grego "nigro" que significa "negro" e de "mancia" que designa uma prática adivinhatória ou ciência oculta. Neste artigo descrevo os fundamentos metafísicos do culto.

Quem é Lúcifer ?

Em seu sentido etimológico a palavra Lúcifer significa porta-luz ou portador da luz. No universo físico, os livros sacros identificam Lúcifer como Vênus, a Estrela Matutina, o prenúncio do Sol. No mundo metafísico Lúcifer é a inteligência, como precursora do Logos ou seja:  a Luz, o Verbo: “No princípio era o Verbo...” ( a Luz, o Logos).

Para além dos simbolismos podemos entender que Lúcifer representa a vida, pensamento, progresso, liberdade, independência. Lúcifer é o Logos, a Serpente da Gnose, o Salvador dentro do Homem.  Ele ensina a humanidade adormecida os meios hábeis necessários para imortalizar o Self tornando o iniciado humano muito mais que humano ao avançar espiritualmente para o estado de Auto-deificação, transformando-se em um Asar-Un-Nepher (“Eu mesmo feito Perfeito"). 

Lúcifer é o Primogênito da criação, o Portador da Luz Divina que desce a Terra como uma energia solar fálica. Lúcifer antes da queda era “ o Anjo da Coroa”  (ou seja:  Kether, a primeira Sephira da Árvore da Vida).  Parece que esse simbolismo explica a lenda da Pedra do Santo Graal que teria sido talhada pelos anjos numa esmeralda caída da fronte de Lúcifer quando de sua queda.

Lúcifer teria nascido na Aurora da Criação ou Maha-Manvantara, como uma estrela brilhante que surge do Caos Primal, ele é, portanto, o  filho primogênito de Tiamat, o Dragão Fêmea do Caos.



Nós também acreditamos que Satã é a oitava inferior de Lúcifer, sua sombra terrestre, sendo o verdadeiro regente deste mundo, e realmente um Rei deste mundo. Por sua vez Lúcifer é, ao mesmo tempo, a Luz Divina e Terrestre, o Espírito Santo, o Dragão Vermelho, o Portador da Luz que está em nós.

Como primogênito da Criação, Lúcifer é o Logos Spermátikos, isto é a energia criativa, a face dracônica da Kundalini , ou o “poder ígneo” que dá vida a todas as coisas e tudo produz. Lúcifer nunca caiu, ele desceu aos planos inferiores da criação e deu origem à lenda dos Guardiões ou Nephilim, os anjos caídos do pseudo-epigráfico livro de Enoch.

A Mãe Dragão e Lúcifer

Em todas as Cosmogonias antigas a Luz vem da Obscuridade. No Egito, como em todas as nações, a escuridão foi o Princípio de todas as coisas. Daí que o Pensamento Divino saia como a Luz das Trevas. O próprio cosmos nasce da escuridão do caos; as estrelas nascem da escuridão infinita do espaço cósmico e os seres humanos nascem da escuridão do útero de suas mães, e retornam um dia para as trevas de seus túmulos.


Na Alquimia o Negrume ou Nigredo é um estado inicial, sempre presente no início como uma qualidade da Matéria Prima, do Caos ou da Massa Confusa. O conjunto da realidade, incluindo a Humanidade, é criada a partir dessa Matéria Prima não-física (a primeira matéria), o elemento mágico universal, que assume a forma dos elementos terra, fogo, ar e água. Como poeticamente expresso numa antiga oração rosacruz: “Que os esplendores hostis e multicores, pela Luz branca – síntese pacífica das cores – sejam restituídos à homogeneidade daquelas trevas materiais e sagradas, das quais se irradia a Luz Original.”

Sendo o Caos o princípio de todas as coisas, e o inicio da criação do Universo ao qual conhecemos, ele se assemelha à Apep, a serpente primordial do Caos. Do Caos primordial ou Matéria Escura surge o "Fiat Lux"  ou olho dentro do Triângulo, o "Olho que tudo Vé", um símbolo da onisciência divina e cujo simbolismo provém do antigo Egito, onde o Olho do deus Hórus ou "Udyat" significava proteção e poder. Muito antes de Jesus dos cristãos; Hórus o Deus Sol do Egito recebeu o título de "Filho de Deus", a luz do mundo, o salvador da humanidade. Por volta de 3.000 a.C Hórus já era visto como uma espécie de messias solar. ele tinha um "inimigo" chamado Seth, que era a personificação das trevas ou da noite. Sendo Hórus representado pelo Sol todas as manhãs Hórus lutava e ganhava a batalha contra Seth, enquanto que no fim da tarde, Seth conquistava Hórus e o enviava para o mundo das Trevas (ou ventre Escuro da Deusa). Essa dualidade mitológica  "Trevas versus Luz" perdurou por toda a história do Egito antigo e nunca foi motivo de dicotomia moral do tipo "Bem versus Mal" como hoje é entendido pelas Religiões Abraâmicas (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo).  Podemos dizer que o simbolismo de Lúcifer incorpora os dois conceitos de Luz e Trevas e mesmo os transcende em prol de uma Percepção Unificada . 

Assim é do ventre escuro da Mãe Negra (Apep, Tiamat, Hékate etc.) que surge Lúcifer – o que traz a luz. Por isso que na Cosmogênese de Blavatsky está escrito: “(…) O primeiro Arcanjo, que emergiu das profundezas do Caos, foi chamado Lux (Lúcifer), o Filho Luminoso da Manhã (…) A Igreja o transformou em (…) Satã, porque era mais antigo e de mais elevada categoria que Jehovah…”


 Os Portais Amentinos de Leviatã 


Para os cabalistas os demônios habitam o lado reverso da Árvore da Vida. Essa Árvore “negativa”, “sombria” que está atrás da Árvore exterior manifesta, denomina-se mundo dos Qliphoth – o lado caótico, desequilibrado do Universo. Acreditamos que a origem espiritual das “forças qliphóticas” associadas ao panteão daemônico como Lilith, Azazel, Shaitan, Asmodeus etc. retrocedem à gênese do Universo de onde surgem os deuses primordiais, nascidos do Abismo ou Caos Primal e do primeiro ponto (Kether). Eles são considerados por todas as cosmogonias como “terrivelmente divinos”, pois absorvem o Universo projetado por eles mesmos no final de um ciclo cósmico.  São conhecidos como Reis de Edon, Titãns, Assuras, Jotuns etc. conforme a terminologia.

A mitologia de todos os povos afirma que os deuses da Luz procedem dos deuses das Trevas. Também encontramos arquetípos ligados ao panteão daemônico (ou demoníaco) na mitologia da Mãe Terrível, que incorporava os aspectos do mundo inferior, do tártaro, do Caos da Noite do Tempo e que, originalmente, se manifestava sempre como escuridão e mistérios sombrios. Ela é a decrépita, velha ou avó, em resumo, é a primeira Mãe que os Tantras Hindus conhecem como Deusa Kali. 

Na antiga mitologia mesopotâmica a Mãe Negra Universal é Tiamat, o  Dragão Fêmea do Caos original. No Egito pré-dinástico ela é Ta-Urt, uma forma primitiva da deusa céu Nuit. Em sua forma de Nuit ela é a Mãe Cósmica, a Deusa que precede todas as outras formas de Deidade, e que ao anoitecer engolia o deus-sol Rá, a Luz da Manifestação, no oeste e o expelia de seu ventre escuro na manhã seguinte, a leste. Nela estão ocultos os esplendores radiantes de Rá que é o Sol nascente, o seu filho como Logos (ou Hórus) – o Verbo Criador e senhor dos Deuses Excelsos e de seus emissários os Anjos Planetários, os Sete Poderosos Espíritos ante o Trono. 

A deusa egípcia Nuit personifica o Vazio Negro Estelar, o Útero Primal ou Campo Unificado que deu origem as 11 dimensões celestes.  Ela é representada como uma mulher com jarro de água na cabeça, símbolo do que é maternal, fecundo e redentor, Entretanto, Ela também  é a “porca que devora seus porquinhos”, ou seja, absorve todos os corpos e néteres (deidades) em seu próprio ser. A Grande Deusa em sua face terrível é NOX – a escuridão da Noite Cósmica que, como símbolo do inconsciente, absorve em seu útero escuro a luz (LUX) da manifestação universal ou a consciência-ego do iniciado. Aliás, mesmo no Universo, a matéria negra é cinco vezes mais abundante que a matéria estelar comum.

 O Logos Cresthos-Lúcifer  

Esse particular Ser Angélico conhecido como Logos, cujo veículo físico é o Sol, está entronizado no centro de nosso universo local. “Ali por todo o Manvântara, Ele está voluntariamente auto-sacrificado, não em agonia e morte e derramando suor e sangue, mas em êxtase criativo e vertendo perpetuamente força e vida” (Geoffrey Hodson). No esoterismo dos Mistérios Angélicos a crucificação do Cristo Cósmico (não confundir com o Cristo Jesus histórico) representa o Logos Solar descendo a matéria regida pelos quatro elementos.

A encarnação de um Logos Solar, ou do Cristo Cósmico, é tida como o mais alto sacrifício. Ele era conhecida como Chrestus-Lúcifer entre algumas seitas de gnósticos que conheciam a verdadeira relação de Cristo com o Sol. Os Logoi Solares, seres cujos envoltórios são sóis, foram representados em todas as religiões antigas como uma força crística redentora (avatares) da humanidade.


Aliás (para quem não sabe) a palavra grega Chrestos existia muito antes de se ouvir falar em Cristandade. Foi usada desde o século quinto A.C por Heródoto, Esquilo e outros. Nos dias de Homero o nome Chrêstos era usado como título durante a celebração dos Mistérios. Christos ou Chrestos era um título que os antigos pagãos davam aos verdadeiros Adeptos e Iniciados nos Mistérios. Os grandes Magos que atingiram a autoconsciência logóica após muito trabalho e provas, e eram considerados como "heróis" como muitos deuses e semideuses da mitologia universal. Os iniciados podiam também serem chamados de Ophis-Christos, a "Serpente Ungida", ou seja: o Dragão-Serpente do Conhecimento (gnosis).


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Feng Shui do Lotus Negro

O Feng Shui do Lotus Negro trabalha com a limpeza e purificação de  moradias e/ou escritórios com vistas a dissolver as formas pensamento negativas (larvas astrais, miasmas etc) que criam desarmonia ou causam perturbações. Também encaminhamos fantasmas para o plano superior com ajuda dos Seres de Luz. 

Por causa de um conhecimento inadequado  em relação à morte, ou por medo de morrer, algumas almas resistem ao processo de partir desse plano, e tornam-se espíritos presos à Terra, perambulando entre esse mundo e o outro. Se ficarem presos às vizinhanças de onde habitavam, enquanto vivos, viram "assombrações", em casos como estes, pode tornar-se essencial  a um ocultista experiente realizar um exorcismo.  Sabemos que as pessoas que vivem em um ambiente que esteja sob influência de energias negativas, ou entidades obsediantes, podem sofrer com desentendimentos, acidentes domésticos, agressões invisíveis, períodos constantes de azar ou má sorte, doenças prolongadas etc. em casos mais graves até mesmo mudanças de comportamento são observadas, alertando sobre uma possível possessão. 







Os romanos diziam: “Levamos nosso Lares e conosco”, Lares e Penates sendo ancestrais e espíritos da casa. Se os espíritos (sejam humanos ou não-humanos) de uma habitação estão satisfeitos, se tornam protetores e benfeitores dos habitantes humanos. Ao contrário, se estão insatisfeitos podem encontrar inúmeros meios de expressar sua falta de conforto. Isso pode incluir influenciar o clima astral do ambiente, produzindo problemas de saúde triviais e mais sérios, afetando o senso de bem estar e a sorte dos residentes. 



Influências Invisíveis


Os predecessores representam uma importante influência invisível em um local que escolhemos como nossa casa, escritório ou empresa. Se porventura houve acontecimentos desagradáveis como divórcios, degradações, ações judiciais, injúrias, doenças prolongadas ou mortes isso pode indicar que os próximos ocupantes/residentes do local correm o risco de se defrontar com eventos desagradáveis.

No Feng-Shui do Lótus Negro  utilizamos o símbolo taoísta do Pa Kua para mapear todo o espaço e com auxílio de aparelhos radiestésicos identificamos epicentros energéticos de origem negativa. Após isso lançamos mão das técnicas de Geomancia Astrológica para buscar maiores informações sobre o tipo de energia, ou entidade espiritual, que possa estar causando o desequilíbrio no ambiente.  Pode ser uma cascarão ou Kama Rupa (cadáver de corpo astral), kiumbas ou encostos (entidades espirituais obsessoras), correntes telúricas subterrâneas etc. 

O Kama-Rupa (em sânscrito: kama, desejo; rupa,corpo)  é a contra-parte astral das pessoas que realizaram a passagem, ou seja já faleceram, mas que por inúmeros ainda permanecem presas aos seus antigos ambientes. Após a morte física a alma de um homem abandona seu corpo astral e realiza sua passagem ao nível mental. Entretanto o corpo astral não se desintegra prontamente, ele permanece gravitando nas proximidades de seu corpo morto até que as últimas partículas do mental se dissolvam por completo. Nos casos normais após a alma abandonar o corpo astral este dissolve-se nos elementos da natureza que o criou. Infelizmente pode acontecer, às vezes, que uma alma, está tão vinculada e apegada aos assuntos da vida terrestre que se recusa a desvencilhar-se de seu corpo astral e se ocupa da vida terrena, que deveria ter abandonado. Ela então se transforma em um Kama-Rupa, o pálido duplo do homem.

Kamas Rupas são  normalmente, difíceis de serem tratados com técnicas conhecidas de Feng Shui. A grande maioria dos livros  e cursos de Feng Shui oferecidos atualmente no mercado ensina apenas de métodos de Limpeza e Harmonização do Espaço, entretanto isso não funciona com Kama Rupas, Fantasmas e mesmo Elementais telúricos que insistem em tomar  um ambiente como seu refúgio ou morada permanente.  Uma casa, escritório, ou empresa que vive assombrado com um Kama Rupa pode de fato atrair inúmeros infortúnios aos seus habitantes humanos. Para exorcizar este tipo de entidade astral o ocultista deve ter um conhecimento especializado de exorcismos e demonologia.





Kama-Rupas

Kama-Rupas são resíduos de personalidades extintas. São energias Elementares que irão, inclusive, desintegrar-se, o telurismo os dissolverá como um ácido. Na grande maioria das sessões de "espiritismo" são esses restos vitais do defunto que se apresentam ao médium. 

Não podemos confundir Kamas Rupas, que são seres Elementares, com  os Elementais da Natureza. Os Elementais originam-se dos Elementos da Natureza (energias superiores da Criação) que são os da Terra, os gnomos; os da Água, as ondinas; os do Ar, os silfos; e os do Fogo, as salamandras.  Por sua vez um Kama-Rupa é uma sombra errante, um cadáver do corpo astral, desvinculada de seus princípios espirituais e mentais que deve, inclusive, desintegrar-se nos elementos da Natureza em seu devido tempo - é isso que denominamos "segunda morte".



Após a morte física o corpo astral decompõe-se em duas partes distintas: uma inferior desprendida de todo princípio espiritual (Ba) errante e em estado de decomposição latente e outra superior (Ka) que unido aquilo que Pitágoras chamava "o carro da alma" (Sahu) e que envolvia o espírito livre de suas amarras terrestres em sua evolução aos planos celestiais. Entretanto o Kama Rupa permanece na Terra em estado de desintegração. Para os antigos egípcios Kama Rupa é a Sombra. É uma entidade geocêntrica e afim com a alma do globo terrestre que no fim da vida física a absorverá depois o homem falecer e que a nutre com o fluido telúrico durante a sua vida terrestre. 


Na visão post-mortem da antiga religião egípcia o Eu psíquico ou Entidade pessoal de um ser humano (Akh) após a morte é absorvido pelo corpo espiritual ou Sahu. Ele sobrevive então numa esfera própria que denominavam Amenti localizada no astral superior onde as almas eram julgadas pelo Deus Osíris. Caso o morto se saia bem no Julgamento de Osíris a Deusa Maat, que simbolizava a justiça e a verdade, liberava a alma do falecido e então o Sahu sobe aos céus para viver com os deuses entre as estrelas.  Em outras religiões o espírito do falecido viaja para seus céus ou infernos particulares, conforme suas orientações religiosas, como já dizia Jesus: Na casa de meu Pai há muitas moradas.." 

Entretanto, se o falecido for pouco evoluído e apegado as paixões terrestres o eu psíquico permanece identificado a sua Sombra ou Kama-Rupa que é uma ilusão sedutora e perigosa. Esses são os casos em que as almas desencarnadas são de uma ordem baixa muito apegada à matéria. Também pode ser que o indivíduo tenha sofrido uma morte repentina/prematura e sua alma fique “presa à terra” recusando-se a libertar-se de seu Kama-Rupa.

Seja qual for o motivo quando uma alma desencarnada se desprende mal de seus elementos astro-psíquicos ela é arrastada aos infernos (rios subterrâneos do telurismo, a zona mais baixa do mundo astral) e aí fica sofrendo durante todo o tempo em que sua sombra/cascão astral se decompõe. A zona do baixo astral é o Hades alegórico, – o Gehenna da Bíblia. Esse local é comparável a um fundo submarino escuro. O estado de consciência que dele se desprende constitui, segundo os iniciados, ora a melancolia ora a angústia. Com efeito, o baixo astral serve de vazão ao astral; as paixões e os sentimentos dos mortos continuam a flutuar nele e se movimentam com melancolia; e as baixas paixões dos vivos assumem aí formas perfeitas de demônios malignos.

Uma ardente aspiração para se libertar dos seus males e um desejo bastante pronunciado hão de levá-la uma vez mais à atmosfera da terra. Aí ela vagueará e sofrerá mais ou menos numa solidão dolorosa. Os seus instintos hão de fazê-la procurar com avidez o estabelecimento de contato com pessoas vivas. É comum ainda aproximar-se de alguém para vampirizar um pouco de energia e permanecer estável por tempo indefinido. Essas entidades Kama-Rupas são invisíveis, mas muito tangíveis “vampiros magnéticos”. Também as pessoas vivas sejam dementes, alcoólatras, drogados ou criminosos podem se enclausurar psiquicamente no baixo astral, tornando-se seus médiuns.

Um Kama Rupa ou sombra errante de uma pessoa falecida pode, inclusive, ser capturado por um mago negro e ser programado para cumprir seus intentos egoístas. Exatamente por ser uma espécie de "casca vazia", com uma espécie de memória residual, o Kama Rupa pode ser parcialmente avivado e servir de hospedeiro para um Elemental evocada pelo mago negro.

É nesse ponto que as coisas costumam se complicar bastante pois uma Kama Rupa avivado por um Elemental pode se tornar muito mais poderoso e inteligente e ter o poder de manifestar efeitos poltergeist de todo tipo. 

Existe outro tipo de entidade/energia negativa conhecida como Assombrações Residuais" que são os sentimentos, pensamentos e a energia impregnada das pessoas que ficaram muito tempo num imóvel ou cômodo. Também podem ser recordações de acontecimentos traumáticos que ficaram registradas nas paredes, objetos, móveis dos ambientes e ficam reverberando na memória akáshica local.. Essas emoções ou energias negativas de raiva, ódio, ciúme, medo, apegos etc foram geradas por moradores, recentes ou antigos, e ficam gravadas em certos locais na residência. Uma assombração residual é como um disco velho de vitrola: repete sempre a mesma canção (vibrações) influenciando os novos residentes a terem os mesmos pensamentos e emoções.

Em alguns casos além de um ritual de purificação de ambientes é também necessário realizar  uma Cerimônia de Apaziguação de Espíritos.

Um Cerimonial de "Apaziguação de Espíritos” é um ritual mágico-religioso que envolve a compaixão por todos os seres sencientes. 


Cerimonial para Apaziguação de Espíritos


Para ajudar os espíritos errantes/perdidos a realizarem a passagem para a luz a Ordem do Lotus Negro realiza um cerimonial que tem a mesma função da Missa de Réquiem (Missa para os Mortos) da Igreja Católica, denominado Cerimonial para Apaziguação de Espíritos.  

Neste cerimonial utilizamos diversas técnicas inspiradas no Budismo, no Shintoísmo, no Xamanismo e na Kabalah são elas:

Purificação: É a purificação da casa, lugar de trabalho ou ambiente onde vai ocorrer o cerimonial. Também realizamos a limpeza energética das pessoas envolvidas no trabalho (familiares, ajudantes etc). Nós utilizamos Sal, Água Benta, Incenso e Fogo (ervas para defumar) nos ritos de limpeza além de gestos místicos (mudras) e palavras de poder (mantras). 

• Preces: Normalmente começam com expressão de louvor e gratidão aos seres da purificação (vajrassatvas) guardiões e divindades tutelares da Ordem do Lótus Negro que irão ajudar na cerimônia.

• Oferendas: Em geral são realizadas em nome das pessoas que residem no imóvel. No altar oferecemos flores, comida e bebida e outros itens naturais (incenso etc.), aos ancestrais, elementais negativos e aos fantasmas famintos* que estejam presentes na cerimônia.  O objetivo é demonstrar gratidão aos ancestrais e as pessoas falecidas da família, além de aplacar entidades potencialmente perigosas que podem atacar as pessoas que vivem ou trabalham no imóvel. 

• Refeição Sagrada: que é o final do rito. Aqui todos participam, encarnados e desencarnados, shedins (elementais) e deuses. Nós abençoamos o Espírito Guardião da Casa/Imóvel e demais presenças invisíveis superiores que prestaram assistência a cerimônia. Alimentar espíritos famintos (segaki) é algo tido como auspicioso (benéfico, meritoso) em muitas culturas e religiões espalhadas pelo mundo, em especial o budismo e o taoísmo, e tem como objetivo cuidar  dos espíritos dos ancestrais e de pessoas falecidas da família.  





Foto:  Ritual com o Quadrado Mágico de Kubera assentado em uma residência. Lorde Kubera é uma divindade hindu considerada como o tesoureiro das riquezas do mundo, é adorado junto com Sri Lakshmi, a deusa da prosperidade. O objetivo deste ritual é trazer prosperidade e abertura de caminhos para uma família ou empresa. 

Obs: Gênio (Genius)  é o espírito protetor semelhante aos anjos da guarda da Igreja Católica. A crença em tais espíritos, ou genii, parecia ser comum na Grécia e em Roma desde tempos imemoriais. Os Romanos podem ter recebido sua teoria sobre os genii dos Etruscos ainda que a palavra genius, singular de genii, tenha origem no latim geno significando ‘nascido’ ou com relação ao sentido de que o nascimento e a vida deviam-se aos dii genitales, força que produz e sustenta a vida. Possui relação com genitus, cujo significado é similar a ‘genitor’ ou ‘pai’. Todo ser vivo, assim como cada lugar, tinha o seu genius. O genius de um lugar – genius loci, genius significando ‘espírito', e loci, também do latim, como singular de locus, ‘lugar’.