domingo, 17 de janeiro de 2016

A arte do Bastão e do Punhal Mágico





Curso Intensivo

Produção e consagração da Espada e do Bastão Mágico

(seus usos ritualísticos e na terapia espiritual)

            
A Magia é a produção de um efeito desejado, interior ou exterior ao mago, através da utilização deliberada de poderes e faculdades que pertencem a psiquê. Este efeito pode também ser obtido pela ação de entidades ou energias independentes da psique do mago, porém esse processo deve permanecer em sua totalidade submetido à conduta do mesmo e depender de sua própria vontade. Esta condição é indispensável. Os efeitos provenientes de fenômenos milagrosos ou que nascem espontaneamente do psiquismo (causados por um estado de mediunidade ou ainda derivados de um caso de possessão), não podem ser qualificados de mágicos.” (Ordo  Aurum Solis)


Um aspecto importante em todos os sistemas de Magia Cerimonial Ocidental é o absoluto controle do magista sobre as forças invocadas ou evocadas durante o ritual. Sabe-se que foi aberto um portal e, portanto, muitas energias e entidades podem transpor o mesmo. Esse é um ponto importantíssimo na Magia Cerimonial ou Alta Magia, e a falha dessa precaução pode levar aos efeitos colaterais e danos que tanto são alertados pelos ocultistas.

Além do Pentagrama de Salomão existem três outros instrumentos ritualísticos que se destacam na literatura ocultista por sua importância nos ritos de Magia Cerimonial (Alta Magia). São eles:

- A Baqueta mágica;
- A Espada mágica;
- O Punhal mágico;
 
Nesse curso nos abordaremos especificamente o Punhal e o Bastão ou baqueta de poder. O Punhal também chamado de Athame - não deve ser confundido absolutamente com a Espada Ritualística, e como seu manuseio demanda maiores detalhes ela (a espada do mago) será estudada em um curso separado. 

A Espada deve ser considerada um objeto de defesa durante as Cerimônias de Magia Evocativa e é posta sob o domínio de Marte. Por exata razão, trata-se de um instrumento que – ao menos no início – não é estritamente necessária para o estudante principiante, porém é usada com extrema prudência e só nas operações mais complexas. Já o Punhal Mágico é uma arma ou instrumento que pode ser um substituto à altura da espada em uma vasta gama de operações rituais. Assim como a espada o punhal é também uma ferramenta de banimento e eliminação de energias negativas. Sendo utilizado também como uma ferramenta de ameaça para seres do astral inferior muitas vezes o Punhal assume um caráter exorcista e corresponde ao Elemento Fogo e ao Arcanjo Mikhael (Miguel), o Espírito do Sol.

De forma similar a Espada o Punhal Mágico (ou Athame) tem a função de defesa e comando tornando-se objeto de catalisação das forças astrais que estão atuando no momento do ritual. Muitas energias podem  surgir oriundas de um portal que foi aberto, e estas podem, a partir dos fluidos vitais emprestados dos elementos de materialização; formar conglomerados de energia (orbs) capazes de servir de veículos para certos tipos de entidades astrais que as utilizam para atuar no plano físico. Assim, a ponta metálica da espada mágica dissolve esses coágulos astrais ou orbs, eliminando a capacidade de tais entidades manifestarem no plano físico. Muitas vezes esses orbs unidos a egrégora do ritual tornam-se acessíveis aos nossos olhos, mas em via de regra são captados apenas pelas máquinas fotográficas, podendo assumir formas distintas e até muito interessantes. 

O Punhal, habilmente manejado por um Mago, é capaz de atingir energeticamente parasitas do astral inferior tais como “miasmas” e as “larvas astrais” e mesmo (em certos casos) os kiumbas que são espíritos trevosos ou obsessores. Também auxilia nos casos de enfeitiçamento pelos “cortes” dos laços fluídicos.

Por ter uma ponta metálica, e por ser um condutor de calor e eletricidade, concentra luz e poder capaz de atingir o Plano Astral, dissolvendo formações astrais inferiores ou antagônicas que sejam endereçadas ao mago ou a alguém sobre qual esteja operando. Esse fenômeno pode confundir as pessoas. Isso ocorre, pois muitos podem achar que um punhal mágico (como a espada) pode ferir uma "entidade" puramente astral. Mas o que ocorre, é que durante a operação mágica, essa entidade pode tomar emprestado os fluidos vitais (algo parecido com a nossa “energia animal”) destinados a materialização, e pode adquirir o poder de agir no plano físico. É a extração desse poder que o punhal (assim como a espada) causa ao atingir os fluidos roubados por esta entidade. 

Por sua vez o Bastão, ou Baqueta Mágica, é o instrumento que dirige as forças astrais. Ele serve para projetar a Vontade do Mago e, de fato, atua como como manifestação da sua Kundalini ou "poder ígneo", a grande força magnética, o princípio universal de vida que existe latente no corpo energético, na base da coluna vertebral (chakra muladhara). É por meio do Bastão de Poder que o magista condensa sua própria energia étero-astral durante o ritual, e comanda as forças e entidades astrais.


A função do Bastão do Mago é de irradiar energia. Papus a define:

"Esta baqueta não tem outro fim senão o de condensar uma grande quantidade de fluido emanado do operador  ou das substâncias  dispostas por ele para o fim em vista e de dirigir a projeção deste fluido sobre um ponto determinado."

Se considerarmos os antigos tratados de Magia, a construção desse instrumento apresenta notáveis dificuldades de ordem prática, só superáveis dispondo-se de muita boa vontade e tempo. 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O Espelho Teúrgico de Salomão




Na magia o espelho é a representação simbólica do cosmos. Ele também simboliza a luz por causa de sua habilidade para refleti-la. Por analogia direta um espelho é um reflexo da inteligência sobrenatural ou divina por trás da luz astral (o espelho da natureza).  O espelho pode ser usado como um portal entremundos, um canal de observação e contemplação das coisas passadas e futuras por meio da entidade que ali se apresenta. Além de prever acontecimentos o espelho pode ser usado para consagrar artefatos de proteção, praticar evocações cerimoniais e comunicar-se com inteligências desencarnadas. Com auxílio desse instrumento poderoso o/a magista pode lançar feitiços e encantamentos capazes de curar, proteger e mudar o destino (ou a sorte) alterando o curso dos acontecimentos.



A magia dos espelhos e cristais, também denominada Cristalomancia Ritual em sua forma divinatória, é conhecida desde a mais remota Antiguidade. Pode ser realizada com auxílio de espelhos como também através de bolas de cristais, pedras semi-preciosas e mesmo no espelho dágua. Já os antigos persas utilizavam amplamente esta técnica e possuímos diversas indicações a respeito também em alguns escritos hieróglifos dos egípcios. Na antiga Grécia uma devota da deusa Deméter, observava uma sagrada fonte cristalina e previa o resultado da colheita.

Na Idade Média e Moderna encontramos mestres de Cristalomancia Ritual de mesmo entre o clero católico. Exemplo disso é Johannees Trithemius (1462-1516) abade de um Mosteiro Beneditino de Spanheim e mestre ocultista do famoso mago alemão Cornelius Agrippa. Entre outras coisas Trithemius desenvolveu várias técnicas para evocar entidades e espíritos para dentro dos cristais e obter deles iluminação, sabedoria e poderes benéficos. O famoso Michel de Nostredame (Séc. XVI) popularmente conhecido como Nostradamus (versão do seu nome em latim) também utilizava uma combinação de espelhos, varinhas e uma tigela de água que lhe servia de oráculo para suas escrever suas famosas profecias chamadas de “As Centúrias”. A rainha francesa Catherine de Médicis consultava-se com Nostradamus para guiá-la nas complicadas questões na França do século XVI.

O mago ocultista John Dee (1527-1608), astrólogo, matemático e conselheiro político da rainha Isabel I da Inglaterra, também fez largo uso das técnicas de cristalomancia ritual. John Dee desejava comunicar-se com uma classe de entidades angélicas conhecidas como Grigori, que significa simplesmente, os Vigilantes. Estes seres são tidos como pertencentes a categoria dos Arcanjos, que são o ápice da pirâmide de espíritos que habitam num sistema solar. De acordo com o os textos bíblicos como os livros dos Jubileus e dos livros apócrifos de Enoque os Grigori, ou Egori como são chamados, abandonaram sua habitação no céu original e desceram à terra para guiar a humanidade e instruir os filhos dos homens que estivessem espiritualmente preparados para receber a mensagem divina ou Gnose, que com certeza veio diretamente de Deus.  

A abordagem de Dee para a comunicação com os “anjos” não diferia da descrita nos livros de magia de sua época. Confiava na ajuda de um instrumento chamado Pedra de Vidência que servia de janela para os reinos etéreos. As suas “pedras” favoritas eram um globo de cristal oval e um pequeno espelho de obsidiana negra polida. Estes instrumentos eram utilizados em conjunto com orações, rituais e símbolos de poder ocultista, pois acreditava-se na altura serem necessários para abrir a pedra de vidência às influências espirituais.

No século XIX o médico e ocultista estadunidense Paschoal Randolph, um iniciado nas seitas tântricas da Birmânia e do Sião, desenvolveu um método de cristalomancia que combinava evocações cerimoniais com ritos tântricos e mágico-sexuais.

Randolph foi amigo pessoal de Eliphas Levi e de Abrahan Lincoln. Ele  fundou em 1870 a Eulis Brotherhood (Fraternidade de Eulis) uma fraternidade rosacruz com base na doutrina da polaridade sexual, que é uma lei universal da criação.

Randolph acreditava em uma presença suprema e em seres invisíveis além do véu da consciência. Para ele o Universo é formado de esferas espaciais, etéreas, povoadas por entidades transcendentais que vivem em corpos fluídicos. Muitos desses seres são altas Inteligências conhecedoras dos mistérios superiores da natureza. Randolph dizia que o iniciado pode ter acesso às dimensões habitadas pelos seres sobrenaturais e confirmar suas existências. Para ele o transe de qualquer modalidade (seja mediúnico, anímico, por hipnose etc) ou os meios intelectuais normais seriam incapazes de estabelecer a comunicação com as esferas superiores de vida e consciência.

Somente através do auxílio dos ritos de Alta Magia o mago teria acesso às dimensões superiores de consciência cósmica. Seu método envolvia o uso de espelhos mágicos para desenvolver a clarividência e como um portal para as dimensões espirituais. Utilizando técnicas de exaltação da consciência (método tibetano chamado sialam), sexo ritual e com auxílio do espelho o mago pode evocar as imagens desses seres poderosos e obter deles conhecimentos e poderes sobre-humanos.

Mas não é só na Magia Cerimonial Ocidental que o espelho é considerado um instrumento ritual importante. No Shintoísmo, a religião oficial do Japão, o espelho circular (kagami) é considerado morada privilegiada do espírito divino, e tem origem muito antiga, sendo já mencionado na mitologia japonesa.  Ele comumente é símbolo da luz da deusa Solar Amaterasu.  Através do espelho os Kamis ( os seres divinos) se manifestam no mundo.



Curso
Espelho Teúrgico de Salomão
(a arte da cristalomancia)
Curso dividido em três níveis: básico, intermediário e avançado
  
Tópicos abordados

1-   O que é Cristalomancia Ritual?

2-   Por que a Divinação funciona?

3-   A Divinação como técnica para prever acontecimentos, entender mensagens contidas nos sonhos, visões e premonições

4-   A cristalomancia ritual, a divinação como uma forma de magia

5-   O que são Entidades Planetárias?

6-   Abraxas, o Portal Solar

7-   Os seres supra-celestes, celestiais, sublunares e infernais

8-   A doutrina de um espírito e quatro almas

9-   As assinaturas (sigilos) de anjos e dos gênios bons e maus

10- As divindades, arcanjos, gênios e shedins (elementais).

11- Astroteurgia - a invocação das sete energias planetárias

12- As técnicas ritualísticas e cerimoniais da Alta Magia

13- Ferramentas Rituais ( o espelho, o cristal, o sino, a espada, o pentagrama, o punhal, o vasilhame e a lamparina a óleo).

14- A confecção e consagração do Espelho Mágico

15- Abertura do Limiar e os portais entremundos

16- A Magia de Transmutação ou Mudança de Forma

17- O transe gnóstico e sua diferença do transe religioso

18- Preparação da Egrégora e do Altar Teúrgico

19- Técnicas de purificação, banimentos e meditação ocultista

20- Ritual de Abertura do Altar Teúrgico

21- Os sigilos (assinaturas) dos anjos e dos bons e maus gênios

22- O poder dos mantras para banimentos e proteção

23- Os nomes bárbaros de invocação e evocação

24- Ritual da Espada Flamejante do Arcanjo Miguel

25- Invocação dos patronos egípcios Thot, Anúbis e Hathor

26- Técnicas de invocação, evocação e conjuração

27- O Poder da Magia de Salomão

28- As invocações kabalísticas de Salomão

29- As fórmulas evocatórias de Salomão

30- O contato com o Anjo da Guarda

31- Os Servidores Elementais e a Esfera Lunar

32- O uso do Triângulo Mágico

33- O uso do Cristal Lemuriano

34- A conjuração do Espírito Familiar

35- O uso do Tabuleiro Quija

36- O trabalho com os espíritos ancestrais